Qual a freqüência das consultas pediátricas?

Nós adultos costumamos procurar atendimento médico apenas quando doentes né… e muitas vezes apenas quando muito doentes! Isso não é o ideal, pois como a sabedoria popular já aponta há muito tempo, “prevenir é melhor do que remediar”. Muitos problemas podem ser evitados ou ter os danos minimizados pelo diagnóstico precoce ao exame médico de rotina.

Com as crianças especialmente, as consultas de rotina são indispensáveis para garantir um adequado monitoramento do crescimento e desenvolvimento que acontecem muito rapidamente nesta fase, acompanhar o calendário vacinal, a prescrição de ferro e vitaminas que sejam necessárias, etc. 

A primeira consulta deve acontecer ainda no ventre materno! Isso mesmo, no pré-natal, após as 32 semanas de gestação, se deve agendar a primeira consulta com seu pediatra, mesmo que já tenha a experiência de outro filhos e não deve e ser restrita ao pré-natal de alto risco. Todas as gestantes devem ter acesso porque “cada vez que nasce um bebê, nasce aqui uma nova mãe também!”. Neste momento os pais já podem antecipar algumas dúvidas e orientações que os deixarão mais seguros na chegada do recém-nascido. 

Ao nascimento, agendamos a consulta entre o sétimo e o décimo dias de vida. Se estiver indo tudo bem, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o acompanhamento pediátrico mensal pelo menos ate seis meses. De 6 a 12 meses de vida pelo menos a cada dois meses, e no segundo ano, a cada 3 a 4 meses de idade uma nova avaliação médica deve ser feita. 

Depois, pelo menos 1 a 2 vezes no ano é importante que toda a criança visite regularmente seu pediatra, acompanhe o momento do inicio da puberdade, o desenvolvimento fisico e emocional de cada fase, estando atentos para sinais de alerta ou a necessidade de avaliação complementar. 

Aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), é comum que haja um rodízio nos atendimentos das crianças pelos Médicos da Família e Enfermeiros das UBS (Unidades Básicas de Saúde) e os pediatras, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde do Brasil para o Programa da ESF (Estratégia de Saúde da Família), que procura atender e vincular cada equipe com toda a família atendida naquela unidade. Mas isso não deve substituir o acesso das crianças ao profissional especializado no seu cuidado, o médico pediatra. 

É claro que ao surgimento de sinais e sintomas fora do período de consultas de rotina, uma nova avaliação precisa ser feita.

É interessante que percebemos um grande esforço em manter essas consultas periódicas das crianças principalmente no primeiro ano, mas há um relaxamento após o segundo ano, tanto das visitas medicas quanto ao acompanhamento do calendário vacinal. Então não deixe de lado esse cuidado tão importante para a saúde de toda a família, e aproveita para colocar o seu checkup em dia também, combinado! 

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