Se você nunca pensou nisto, ou não aplicou, leia este artigo até o fim e comece agora mesmo essa preciosa lição em sua casa.
Respeitando as devidas proporções, no dia a dia da infância eles vivenciam experiências e vão criando modelos de comportamento que reproduzirão na idade adulta. Por isso ajudar nas tarefas domésticas desde cedo e aprender a lidar com o dinheiro, são coisas que não podemos omitir do “currículo” dos filhos.
Inicialmente é importante que as crianças e os adolescentes conheçam a realidade da situação financeira da família. Eu sei, é difícil, e nosso desejo é protegê-los das preocupações e dos problemas da vida adulta enquanto não é sua responsabilidade resolvê-los. Mas ocultar momentos de crise financeira não é o melhor caminho. Ainda que de acordo com sua capacidade de compreensão, caberá a lição de economizar um pouco mais, evitar os supérfluos, compreender que uma festa ou passeio precisaram ser adiados para evitar gastos que não sejam indispensáveis, etc.
Lembre-se de que não precisamos preparar uma aula de finanças para eles. Situações corriqueiras podem ser a oportunidade ideal para ensinar alguns conceitos importantes como desejo e necessidade. Nem todo o desejo pode e deve ser concedido imediatamente. Muitas crianças não toleram a frustração de não ter sua vontade atendida na hora, alimentadas por pais que não toleram a intolerância dos filhos… e a novela está pronta! Esse padrão de comportamento dos pais tende a criar filhos ingratos e que não valorizam as conquistas, pois tudo é muito fácil ao seu acesso. Por outro lado, as necessidades devem vir antes dos desejos, por exemplo nas compras ao supermercado. Leve uma listinha do que é necessário. Vez por outra, se tiverem condições para isto, podemos trazer algo fora do programado. Mas quando as contas estão justas, trazer somente o necessário naquela oportunidade vai dar a criança a noção de prioridades e ensina-la a esperar pelo momento onde os extras podem ser adquiridos. Isso traz paciência, gratidão no momento da conquista, e controle da impulsividade.
Me lembro que pedia no mercado para a minha mãe:
- mãe, podemos levar um doce hoje? Algumas vezes ela dizia sim, outra vezes dizia que hoje não dá, só quando a mãe receber o salário… Quando cresci ela me contou que algumas dessas vezes ela tinha o dinheiro, mas queria me fazer aprender a esperar por uma próxima oportunidade… que lição!
Se for possível dar ao seu filho uma pequena “mesada”, ele também poderá experimentar decidir onde usar seu dinheirinho, e muitas vezes repensam suas escolhas. Quando minha filha era pequena tinha um cofrinho. Às vezes quando a gente saía ela via um brinquedo, pedia para comprarmos, e quando dizíamos que usaríamos o dinheiro do cofrinho para cobrir o pagamento, ela mudava de idéia e dizia: acho que eu não quero tanto não mamãe!! Sim, pois a noção de que é preciso primeiro juntar para depois gastar os faz valorizar mais o valor que arrecadou e pensar bem onde vai gastá-lo.
Enfim, no dia a dia surgirão oportunidades para você explicar a eles que não é simplesmente “colocar no cartão”, alguém precisa pagar a fatura né? E esse dinheiro vem do fruto do seu trabalho, é a benção de Deus para suprir as necessidades da sua casa!
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