Quando iniciar a introdução alimentar?

Ei! Bora segurar a ansiedade e aguardar os 6 meses para iniciar a introdução alimentar (IA) dos seus filhos combinado! 😍

Até o sexto mês de vida o leite materno é suficiente e completo para suprir todas as necessidades das crianças conforme as recomendações da Academia Americana de Pediatria, da Organização Mundial de Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria. E se for realmente necessário, pode-se complementar com fórmulas artificiais indicadas pelo seu médico. Bom lembrar que quando são prematuros, de acordo com a idade corrigida, a IA dos novos alimentos pode acontecer ainda um pouquinho depois, respeitando a maturidade do seu organismo e os sinais de prontidão de cada bebê! 

Sim! Porque embora ele pareça faminto ao ver vocês à mesa, a introdução precoce de alimentos além do leite pode induzir alergias e problemas digestivos, pois o processo de amadurecimento dos seus órgãos e sistemas não é o mesmo de um nascido a termo. 

Mas você já conhece os principais sinais de prontidão para avaliar a IA? 

Esses pontos são muito importantes porque quando não foram ainda atingidos, podem explicar algumas dificuldades iniciais, e te ajudar a conduzir com ele esse processo. 

Segue então:

  • O bebê já sustenta bem sua cabeça e preferencialmente senta firme sem, ou com mínimo apoio. 
  • Já está perdendo o reflexo de protrusão da língua e não empurra automaticamente os sólidos para fora da boca com a língua.
  • O bebê está pronto e disposto a mastigar.
  • Ele está desenvolvendo o movimento de pinça, começando a tentar pegar os alimentos ou outros objetos pinçando-os entre o polegar e o indicador. Usar os dedos para raspar e prender o alimento na palma da mão (preensão palmar) não substitui o desenvolvimento do movimento de pinça necessário neste momento.
  • Percebe que está ansioso para participar na hora das refeições e pode tentar agarrar comida e colocá-la em sua boca.

Sem essas habilidades, pode haver mais dificuldade e recusa no início da IA. O acompanhamento pediátrico de rotina vai garantir que possam aguardar ou lançar mão de outras alternativas ta bom? 

O importante é que esse momento seja temperado com opções saudáveis, no tempo adequado, e com paciência e amor. 

Assiste também esse vídeo, compartilhe com outras famílias, e juntos vamos cuidar da saúde das próximas gerações ❤️

Com carinho, Dra Tati Lemos

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Telas na hora das refeições??

📲 A tecnologia tem tomado conta da maior parte das nossas atividades. Tem aplicativos pra tudo! E é comum encontrarmos crianças nos restaurantes e em casa que só comem se estiverem em frente às telinhas. Eu sei! Quem nunca ne gente 😰? Ainda mais nesse momento de isolamento social, reconhecemos que eles tem tido mais tempo diante das telas do que deviam.

⚠️ E falando nisso, você sabe quanto tempo é recomendado para cada idade?

🔔 A Sociedade Brasileira de Pediatria e a Organização Mundial de Saúde orientam que até os dois aninhos eles ainda não tenham acesso às telas.

🔔 De 2 a 5 anos, ideal limitar o tempo em até 1 hora ao dia, sempre sob a supervisão de um adulto.

🔔 A partir daí evitar que tenham eletrônicos no quarto, sempre tenham acesso e acompanhe o conteúdo que acessam, e evitem pelo menos uma hora antes de dormir para não atrapalhar o sono.

📢 Mas o tempo de tela não é tão importante como a forma que usam, conteúdo que acessam, e o que deixam de fazer por estar sentados diante delas! É claro que durante a pandemia o período dos estudos on-line não conta nessas orientações, e a própria comunicação com familiares e amigos tem sido permitida justamente por conta dessa tecnologia.

⚠️ A exposição precoce ou demasiada tem trazido reflexos na saúde física e emocional dos pequenos e dos grandões (astenopia digital (vista cansada, ardendo), sedentarismo, obesidade, stress, maior isolamento dentro do isolamento).

Neste sentido, o uso das telas na hora das refeições também pode geral alguns prejuízos que devemos refletir:

– Reduz a interação da criança com os alimentos. Ela perde a oportunidade de desfrutar da refeição, perceber os alimentos, as cores, etc.

– A criança come mais do que precisa, pois não está prestando atenção no que come. Sei que muitos acabam usando esse recurso justamente para ganhar mais umas colheradas em cada refeição, mas esta relação estabelecida com a comida pode gerar problemas futuros.

– Reduzimos a grande oportunidade de conversar à mesa, aproveitar esse tempo em família para construir memórias incríveis com nossos filhos. Com carinho, Dra Tati Lemos

❤️ Enfim, comer é mais do que mastigar e engolir. É uma experiência sensorial e emocional também. Que a gente siga em frente buscando os melhores hábitos possíveis!

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