Tem algum livro para indicar para o meu filho?

Oi gente. Como recebo este pedido! E acho incrível ver pais desejosos de ver seus filhos mergulhando no bom hábito da leitura, e interessados no conteúdo do que acessam. A leitura estimula a criatividade, empatia, o vocabulário, etc.

Encontro alguns frustados porque seus filhos adolescentes não se interessam em conteúdos densos, ou ainda crianças e só querem apenas livros com muitas figuras, dinossauros ou princesas. 

Mas calma lá! Vamos refletir sobre alguns pontos. 

O primeiro e mais importante é saber como ele tem se relacionado com os livros. Se interessam por eles? Gosta de folhear, passa algum tempo lendo? Esse é o começo de tudo. 

Caso sua resposta seja negativa para esta questão, a gente precisa tocar em outro ponto: como é seu hábito de leitura? Seu filho te vê lendo? Tem acesso a livros na sua casa? Lembre que o exemplo arrasta… que aprendem mais com o que fazemos e a forma como fazemos do que com as ordens que lhes damos. 

Experimente isso. Convide para que leiam juntos, seja o mesmo livro ou não. Leve-o desde pequeno para explorar uma livraria, um sebo, invista nos livros desde que sejam bebês, e este hábito fará parte dele. 

Qual a freqüência das consultas pediátricas?

Nós adultos costumamos procurar atendimento médico apenas quando doentes né… e muitas vezes apenas quando muito doentes! Isso não é o ideal, pois como a sabedoria popular já aponta há muito tempo, “prevenir é melhor do que remediar”. Muitos problemas podem ser evitados ou ter os danos minimizados pelo diagnóstico precoce ao exame médico de rotina.

Com as crianças especialmente, as consultas de rotina são indispensáveis para garantir um adequado monitoramento do crescimento e desenvolvimento que acontecem muito rapidamente nesta fase, acompanhar o calendário vacinal, a prescrição de ferro e vitaminas que sejam necessárias, etc. 

A primeira consulta deve acontecer ainda no ventre materno! Isso mesmo, no pré-natal, após as 32 semanas de gestação, se deve agendar a primeira consulta com seu pediatra, mesmo que já tenha a experiência de outro filhos e não deve e ser restrita ao pré-natal de alto risco. Todas as gestantes devem ter acesso porque “cada vez que nasce um bebê, nasce aqui uma nova mãe também!”. Neste momento os pais já podem antecipar algumas dúvidas e orientações que os deixarão mais seguros na chegada do recém-nascido. 

Ao nascimento, agendamos a consulta entre o sétimo e o décimo dias de vida. Se estiver indo tudo bem, a Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda o acompanhamento pediátrico mensal pelo menos ate seis meses. De 6 a 12 meses de vida pelo menos a cada dois meses, e no segundo ano, a cada 3 a 4 meses de idade uma nova avaliação médica deve ser feita. 

Depois, pelo menos 1 a 2 vezes no ano é importante que toda a criança visite regularmente seu pediatra, acompanhe o momento do inicio da puberdade, o desenvolvimento fisico e emocional de cada fase, estando atentos para sinais de alerta ou a necessidade de avaliação complementar. 

Aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde), é comum que haja um rodízio nos atendimentos das crianças pelos Médicos da Família e Enfermeiros das UBS (Unidades Básicas de Saúde) e os pediatras, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde do Brasil para o Programa da ESF (Estratégia de Saúde da Família), que procura atender e vincular cada equipe com toda a família atendida naquela unidade. Mas isso não deve substituir o acesso das crianças ao profissional especializado no seu cuidado, o médico pediatra. 

É claro que ao surgimento de sinais e sintomas fora do período de consultas de rotina, uma nova avaliação precisa ser feita.

É interessante que percebemos um grande esforço em manter essas consultas periódicas das crianças principalmente no primeiro ano, mas há um relaxamento após o segundo ano, tanto das visitas medicas quanto ao acompanhamento do calendário vacinal. Então não deixe de lado esse cuidado tão importante para a saúde de toda a família, e aproveita para colocar o seu checkup em dia também, combinado! 

Tenha rotinas!

Já percebeu que a palavra rotina carrega uma pecha de algo chato, monótono, castrador da criatividade e da liberdade? Não acredite nisso.

A verdade é que termos ou não rotinas na nossa vida, fará a diferença entre o caos e a produtividade. Mesmo as crianças precisam delas, e desde pequenas! Quando não as tem, é mais difícil organizarem o sono, refeições, rendimento escolar, etc. Sua rotina não precisa ser triste, ela pode ser alegre, dinâmica, conter o que você gosta de fazer, e ter espaço para momentos de solitude ou mesmo de não fazer nada!

Mas estabelecer hábitos, programar minimamente os seus dias, e organizar suas atividades será libertador! Como assim?Experimente!

Já de início você perceberá a necessidade de estabelecer prioridades práticas ao decidir o que vai fazer e o que vai precisar deixar de fora no seu dia. Esse por si já é um passo de maturidade!

Depois, perceberá que saber qual o próximo passo te economiza tempo, e essa é a moeda mais valiosa da vida. Seu cérebro automaticamente vai direcionar energia para produzir melhor, antecipar tarefas, e logo você vai ter necessidade de reestruturar uma nova rotina 🥰.

Não somos máquinas! Haverá dias mais difíceis, cansativos, ou momentos que simplesmente não alcançamos as metas! Desistir então? Porque? Assim como o sol todas as manhãs renasce, ainda que oculto pelas densas nuvens, recebemos todos os dias um novo dia de presente pra recomeçar!

Aproveita agora, e dê o start! .

Salmos 90:12 Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio.

E o sono da criançada, como vai?

Como vai o sono da criançada? 😴

A pandemia trouxe ainda mais dificuldades para muitas famílias na hora de dormir. Mas um sono de qualidade, reparador, é uma necessidade que continua indispensável para adultos e crianças. 

Se dormirem pouco ou mal, especialmente as crianças ficam mais irritadas e agitadas, perdem rendimento escolar e também sofrem impactos na imunidade. A higiene do sono é uma série de comportamentos, condições do ambiente (como luz, ruidos, etc), e outros fatores relacionados ao sono que podem afetar seu início e manutenção, e compreender esses fatores pode ser a chave para resolver alguns problemas. 

Segue algumas dicas para regularizar esse aspecto importante da rotina da sua casa. 

– Mantenha uma rotina, com horários estabelecidos para dormir e acordar. Especialmente as crianças que estudam pela manhã, deveriam preferencialmente manter seus horários de aula mesmo na pandemia. 

– Tenha persistência nas rotinas, especialmente quando já tinham problemas para dormir e estão estabelecendo novos padrões. Na maior parte das vezes não será um processo imediato. 

– Coloque preferencialmente a criança sempre ainda acordada em sua cama ou berço. Lembre-se que o ritual de sono será repetido durante a noite quando houver os despertares noturnos, normais também na infância. Se as crianças precisam ser embaladas, dormem na cama dos pais, etc, vão precisar deste mesmo processo para reiniciar o sono sempre que acordarem, e ficam muito mais inseguras se acordam em um ambiente diferente de onde dormiram (ex, dorme no colo e é colocado na cama dormindo). 

– As sonecas do dia são bem vindas até 5 anos e devem ser estimuladas, tendo o cuidado de evitar que aconteçam muito no entardecer, pois isso dificultará a manutenção das rotinas do horário do sono da noite. 

– Estabeleça desde cedo as “rotinas do sono”. Aquela sequência de atividades que mostram para a criança que está chegando a hora de dormir. O banho é um excelente marcador inicial. Traz relaxamento e inicia o processo de “desaceleração” das crianças para a hora de dormir. 

– Mudanças, doenças ou viagens podem alterar as rotinas do sono. Tudo bem. Com paciência retomamos a rotina habitual. 

– O ideal seria pelo menos duas horas antes de dormir, desligar as telas (televisão, videogame, tablets, celulares, etc), pois eles promovem um estado de excitação cerebral. Atrapalham a conciliação do sono. Aqui há frequentemente um grande equívoco dos pais, que pensam ser adequado o uso destes recursos, pois as crianças ficam “quietinhas” para dormir vidradas nas programações. Mas não se engane. Ali é apenas um corpinho parado. Seu cérebro está sendo hiper estimulado, e será mais difícil dormir bem. 

– Prefira momentos mais tranquilos e com menos estímulos à noite, como leitura, músicas mais tranquilas, massagem, conversar sobre como foi seu dia, etc. 

– Evite alimentos ou medicações estimulantes próximo da hora    de dormir, como chocolate, refrigerantes, chá mate ou cafeinados. 

– Ao anoitecer, reduza a iluminação dos ambientes, especialmente evitando a luz branca. Evite luzes acesas no quarto. Elas inibem a secreção da melatonina. Um hormônio responsável pela indução do sono. Durante as sonecas do dia a iluminação pode permanecer natural, para que desde cedo eles estabeleçam a regulação do ciclo sono-vigília. 

– Se precisar atender a criança durante a noite, use luz fraca, fale baixo e que seja breve, para evitar os estímulos. 

– Mantenha a temperatura do quarto agradável, e seja sensível aos sinais de desconforto da criança quando colocamos roupa demais e a criança tem despertares muito suada, tira sempre as cobertas durante a noite. É frequente que os pais usem mais roupas ou cobertas a noite do que a criança precise ou deseja. Também estar atento às que preferem ficar mais agasalhadas. 

– Alguns sinais para que você perceba se a quantidade de sono diária do seu filho é adequada, é quando a criança acorda sem dificuldades, sem sonolência excessiva durante o dia, e sem afetar seu humor e funções cognitivas como memória e atenção. 

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