Ladrões do tempo: distrações

O tempo é o bem mais valioso dos nossos dias. É o recurso mais importante que você possui. Não pode ser recuperado, mas pode deixar de ser perdido… Já vamos ficar no lucro. 

Você já percebeu quanto dele é desperdiçado em atividades que não nos acrescentam nada? Este é um assunto muito sério, por isso vamos dedicar alguns vídeos para refletir sobre ele. 

Não vamos confundir: dormir, ter um tempo de descanso, pernas pra cima e serenar a mente para sentir a brisa do vento e ouvir o som do mar não é desperdício de tempo. A gente precisa tanto descansar como precisa se movimentar. As férias não devem ser vendidas, elas devem ser desfrutadas… Isso porque nosso corpo e nossa mente precisam de pausas, de momentos onde recuperam as energias e a disposição para a próxima jornada. Quando dormimos sedimentamos os conhecimentos adquiridos, o cérebro organiza a mente, hormônios importantes para o pleno desenvolvimento do corpo são secretados. A fadiga, o stress e a privação de sono nos tornam na verdade mais improdutivos, e nesse engano do “ídolo da produtividade” tem encarcerado muita gente. Seja livre!

Há no entanto, alguns comportamentos que tem roubado o nosso tempo todos os dias, e hoje vamos falar das distrações. Ela significa falta de atenção, alheamento, irreflexão. 

No meio do caminho que a gente já tinha entendido que seria a prioridade do dia, mas facilmente nos perdemos em conversas fúteis, “rola-tela” do celular, espia stories de celebridades, só mais uma chegadinha no WhatsApp… quem nunca né? E o tempo se foi! 

As vezes alguém já estava pronto para o trabalho bem cedo, mas mergulhou nas redes, e as mares o levam pra tão longe que quando a pessoa percebe, agora já está atrasada. 

É claro que viver como um robô engessado em roteiros inflexíveis e insensíveis às circunstâncias ao nosso redor não vai fazer a vida de ninguém melhor. O belo merece ser contemplado, o “gato acariciado no caminho”, como diria Jordan Peterson (no livro 12 Regras para a vida, vale a leitura),… Um banho de chuva com as crianças nem estava nos planos daquele dia, mas pode ser incrível. Sem contar nas vezes que aquela voz do seu coração te impulsiona a perguntar de verdade para alguém: como você está? Essa pergunta tão corriqueira pode requerer muito do seu tempo. Se você entende que precisa parar para dar atenção a coisas que tem valor, que são importantes, vai fundo! 

Mas cuidado com as distrações sem propósito, que consomem nosso bem mais valioso, que deveria ser compartilhado com as pessoas e com os projetos que tem valor de verdade para o nosso coração. 

Por aqui eu precisei fazer algumas mudanças que foram libertadoras. Tirei todos os alertas e avisos de mensagens de redes sociais. Quando entro eu vejo quem e o que escreveu. Do contrario, não fico mais naquela “agonia” de checar as atualizações. Se for urgente mesmo, me ligam. Ainda tenho muito para melhorar, mas foi um grande avanço na gerência do meu tempo. 

Descubra as suas distrações e tome uma atitude sobre elas também. Viva seu tempo. 

Um beijo, Dra Tati Lemos. 

Proteja seus filhos

É pra gente pensar…  Fazemos tudo para proteger nossos filhos! Muitos não saem na rua há semanas por conta da pandemia da Covid-19 nem pra um solzinho (e fica o conselho: com toda segurança e todos os cuidados, leve sim seus filhos para uma boa dose de vitamina D, chutar bola, correr, gritar e pular um pouquinho. As crianças precisam disso, e seus pais também!!!) estacionaram a bicicleta, nem pensam na volta às aulas, fazem a higienização de tudo o que entra em casa e têm sido cuidadosos mantendo o distanciamento social. Algo errado nisto? Não! Mas quero chamar a atenção de vocês para a realidade de que a mente e o desenvolvimento de tantas crianças estão neste momento à mercê dos riscos do mundo digital. Os efeitos da exposição precoce, sem controle de tempo e supervisão dos seus pais, e a dependência virtual são uma realidade crescente também entre crianças e adolescentes.
Antes dos dois anos a criança não precisa nem deve ter o acesso às telas. Parecem “tranquilos” diante do celular, mas é apenas o corpinho parado. A mente está inundada de hiper estimulação (excitação) imprópria para sua idade, e sentiremos em breve os impactos disso no sono, na agitação, etc. 
Até os 5 anos, limite de 1 hora por dia SEMPRE sob supervisão. Eles não tem maturidade nem condições psicológicas para acessar muitos conteúdos da internet. Cuidado!!! Eu sei, querem mais né? Querem cada vez mais tempo de tela para encher seus pequenos cérebros em desenvolvimento de dopamina (um neurotransmissor relacionado à sensação de bem estar e prazer), e a intensa frustração ou incapacidade de lidar com a hora de desligar as telas é um sinal de alerta para a dependência virtual.
Acima disso, em média 2 horas, continuando a orientação e a supervisão. Saber com quem falam, quanto tempo passam nas redes e o que acessam e postam não é uma questão de privacidade, mas de segurança e é nossa responsabilidade. 
Estabeleça os limites, e proporcione opções criativas e saudáveis para o desenvolvimento dos seus pequenos. Aproveite seu dia e vivam seu tempo!

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