Falar em desmame precisa deixar de ser um tabu. Mesmo quem defende o aleitamento materno (e eu tô nessa aqui viu gente!), precisa abordar esse tema.
Desmamar não é “des”amar. Ele faz parte do processo da amamentação, e quanto mais bem resolvido for para a mãe e o bebê, melhor.
O primeiro ponto importante é que orientamos o aleitamento materno exclusivo até seis meses de vida, prolongado por pelo menos dois anos ou mais. Isso mesmo, até os seis meses o neném não precisa de chás, sucos, água, frutas, nem comida.
O acompanhamento pediátrico de rotina vai te garantir se o ganho de peso, a estatura e o desenvolvimento estão adequados, e no sexto mês a introdução alimentar saudável vai complementar a amamentação, que não precisa ser abandonada aqui.
Mesmo que a mãe volte a trabalhar fora, pode extrair seu próprio leite e com todos os cuidados, outra pessoa oferecer ao bebê enquanto ela está fora. Em outra oportunidade faremos um post sobre esse tema!
Mas quando pensamos no desmame, precisamos levar em conta as duas pessoas envolvidas aqui: a mãe e o bebê.
Quero te convidar a assistir o vídeo a seguir e refletir nas verdadeiras motivações para o desmame. Muitas vezes é apenas a falta de rede de apoio para que o aleitamento possa seguir um pouquinho mais, trazendo benefícios aos dois.
Estudos recentes premiados mundialmente do Dr Cesar Victora apontam a relação entre QI maiores e salários mais altos na vida adulta entre as crianças amamentadas por mais tempo, você sabia? Sim!!! Há muitos motivos para amamentar seu filho.
Mas se esse tempo chegou ao fim, não se culpe! Deixar de amamentar não é deixar de amar. Aliás, nenhuma mulher é menos mãe porque desmamou ou porque não amamentou.
Um bom desmame começa com uma boa amamentação, então, que seja gentil, bem resolvido no coração de vocês, e não aconteça pela falta de informações ou de apoio, que seja no seu tempo!
Um grande beijo, Dra Tati Lemos .